Essa Tal Sintonia...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Conceição de Macabu, 23 de Fevereiro de 2010 – 20:00 h

Daqui do alto as coisas são mais bonitas, não existe aquele foco artificial dos refletores, não se escuta aquele falatório que tanto nos irrita no decorrer do dia-a-dia.
Olho pra cima e vejo uma lua pela metade acompanhada de centenas de estrelas... Me arrisquei a contá-las, mas acabei me perdendo e percebendo que seria em vão.
Olho para um lado e vejo alguns telhados, apenas o topo deles, olhando para o outro lado vejo uma imensidão verde que segue à risca o movimento do vento.
Resolvi fechar os olhos, ainda com aquela sensação de claridade da lua, passo a escutar uma sinfonia de grilos incansáveis, o piado de uma coruja com um pouquinho mais de tranqüilidade que os grilos e lá no fundo uma sirene aparentemente de uma viatura de policia pra dar um “toque de realidade” ao momento.
E com esse “toque de realidade”, me desligo do meu infinito particular... Levanto-me, observo tudo ao meu redor e passo a perceber que ainda estou aqui nesse mesmo mundinho que me cerca, nessa mesma cidade que depois de muita resistência passo a chamar de minha também.
Com esse desligamento do mundo real e com a percepção de toda essa grandeza da natureza começo a entender do que realmente se trata aquilo que chamamos de sintonia, que consegue unir o pouco que deixamos restar dessa natureza com os acontecimentos e as conturbações de toda essa urbanização sem freios.
Com isso começo a ter certos questionamentos, afinal, até onde a harmonia pode influenciar nossas vidas? Se ela é capaz de fazer um ambiente fluir mesmo com divergências tão expressivas, o que ele pode fazer então como um ser humano como eu?

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